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Conheça a turminha anti-maconha dos EUA

Apesar das constantes mudanças nas legislações dos estados americanos em relação à maconha, nem tudo são flores para os que lutam pela legalização. Nos EUA, já são 26 estados que legalizaram o uso medicinal e quatro legalizaram o uso recreativo, sendo Pennsylvania, Louisiana e Ohio os últimos a entrarem na lista em 2016. Estima-se que a maioria da população americana em território nacional seja a favor da legalização da maconha, tanto recreativa quanto medicinal, mas ainda existem grupos articulados cuja finalidade é buscar a volta da proibição em detrimento de um debate consciente e honesto acerca não só da maconha, mas também de outras drogas como a cocaína, que tem nos EUA a maior população consumidora.


Confira uma lista de 6 personalidades americanas que lutam para que a maconha volte à ilegalidade:


CARLA LOWE: Fundadora da Citizens Against Legalizing Marijuana (Cidadãos Contra a Legalização da Maconha), a ex-professora começou o projeto para lutar contra a Proposição 19 de 2010, um dos esforços do estado da Califórnia para legalizar a erva, através de uma lei regulamentária. A CALM, como é conhecida a organização de Lowe, é conhecida por veicular propaganda anti-maconha, muitas vezes difamatórias, chegando a afirmar absurdos como dano cerebral irreversível, câncer de testículo e defeitos de nascença, todos casos não comprovados ou relacionados com o uso da erva.


JAMES LANKFORD: Senador pelo estado de Oklahoma, James Lankford ficou conhecido por se opor a uma resolução de 2014 do Departamento de Justiça americana que permitia o plantio e venda de cannabis em terras indígenas americanas, pelas respectivas tribos nativas. Em resposta ao memorando, o senador propôs uma lei que punia essas tribos com o corte de verbas governamentais, retirando o potencial sustentável e um viés econômico de grande importância a essas comunidades.


KEVIN SABET: Co-fundador do projeto SAM - Smart Approaches to Marijuana (Abordagens Inteligentes em relação à Maconha) Sabet é conhecido por divulgar bobagens proibicionistas como “maconha diminui significativamente o QI” e que “uma em cada seis crianças se torna viciada em cannabis”, todas as afirmações levianamente divulgadas como verdade absoluta, o que acaba gerando mais ruído de comunicação do que informação para um debate tão necessário.


CHUCK ROSENBERG: Chefe do DEA, algo como o departamento nacional anti-drogas dos EUA, Rosenberg destilou toda sua ‘sabedoria’ ao dizer que “podemos discutir de forma honesta se devemos legalizar ou não algo que é ruim e que faz mal às pessoas, mas dizer que a maconha tem valor medicinal é uma piada”. A piada, no caso, pode ser a falta de informação e ignorância de um profissional que ocupa um dos cargos de chefia mais importantes do governo americano.


SCOTT PRUITT: O Procurador-Geral do estado de Oklahoma parece estar mais preocupado com as mudanças no Colorado, seu estado vizinho, do que em seu próprio. Depois que o Colorado passou a lei que legaliza a produção, venda e o uso da erva, Scott Pruitt entrou com um processo para reverter a decisão, o que foi prontamente rechaçado pela Suprema Corte dos EUA. Não satisfeito, o procurador-geral tenta, por meio de um processo legal ocorrendo em Denver-CO, reverter a histórica decisão a favor da maconha. Boa sorte com isso!


JEFF SESSIONS: Antigo militante anti-drogas, o senador pelo estado do Alabama Jeff Sessions discursou recentemente em uma audiência no Departamento de Justiça dos EUA e abusou de jargões que mais pareciam ter saído de uma propaganda dos anos 80, entre eles, dizendo que “pessoas de bem não fumam maconha”.


É importante observar que nenhum dos personagens citados leva em conta uma argumentação clara e objetiva acerca da maconha. A campanha proibicionista se apóia em idéias cada vez mais retrógradas e ultrapassadas, carentes de verificações cientificas e provas que corroborem com o alarde feito pelos que defendem a criminalização. Enquanto alguns ainda seguem com uma política antiquada, percebe-se que o universo da maconha ganha cada vez mais espaço e amplitude com iniciativas em diversos campos, resta saber até quando a guerra às drogas resistirá, mas uma coisa é certa: ela falhou!

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