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Aula mostra importância da cannabis para a medicina

Na quarta aula do Panorama Ganja Talks o tema medicinal foi destaque na discussão desta última quarta-feira, 28. Eduardo Faveret, neuropediatra e epileptologista do Instituto do Cérebro do Rio de Janeiro, e Katiele Fischer mãe da primeira paciente de cannabis medicinal legal no país mostraram um aspecto muito amplo do que a cannabis pode fazer na medicina.


O neuropediatra começou a aula falando sobre a atuação do CBD no sistema endocanabinóide humano, passando pela variedade de medicamentos e tratamentos de diversas doenças. Em uma das aulas mais técnicas do curso até agora, o debate girou entorno das questões práticas em diversas áreas, desde a fabricação e meios de obtenção de medicamentos à base de CBD até a diferenciação de cada cepa para um diferente tipo de condição. Doenças como a Síndrome de Dravet, Doença de Crohn e Síndrome de Lennox-Gastaut são algumas das enfermidades tratadas com a cannabis medicinal.


Cerca de 120 pacientes portadores de diversas condições estão em tratamento com Faveret, um dos melhores especialistas em epilepsia no Brasil. "O avanço do conhecimento no campo da cannabis é uma coisa muito interessante, porque é muito recente e a cada dia que passa uma nova característica, um novo aspecto é descoberto", disse o médico.


Apesar das novidades recorrentes, Faveret acredita que existam profissionais que relutam ao tratamento com CBD e outros derivados de maconha por falta de conhecimento e também, por puro preconceito. Contudo, no Brasil já existem cerca de 1800 pacientes que já possuem autorização da Anvisa para importar medicamentos à base de cannabis.


Mostrando a visão das famílias que convivem com a necessidade desses remédios, Katiele Fischer contou sua história. Mãe de Anny, que hoje tem 8 anos e desde os 5 faz o tratamento com óleo de CBD, Katiele disse que a situação das famílias é muito delicado e a urgência de se tratar é o que mais pesa para os pais e mães. "Quando você tem um filho especial é uma reviravolta muito grande e no caso da Anny, a gente corria muito atrás de um tratamento alternativo porque os remédios não eram tão eficazes. Quando descobrimos o CBD e a maconha, foi um choque, mas fomos atrás porque o que vale para mim é a qualidade de vida que eu posso proporcionar a ela" disse a paisagista.


À medida que casos como o de Anny e Katiele ganham destaque, a maconha passa a tomar espaço em outras esferas de debate, completamente desvinculadas com a imagem estigmatizada construída por décadas no Brasil.


O Panorama segue para a penúltima aula na próxima quinta-feira, com o debate sobre a comunicação e a cannabis, com Guilherme Melles, do Quebrando o Tabu e Mônica Pupo, do site Maryjuana. Não deixe de se inscrever, acesse www.ganjatalks.com.br/panorama e bom curso!


Imagens: Thum Thompson

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