O que você sabe sobre a cannabis na Islândia?

7 de dez. de 2016

Um dos países mais exóticos e isolados do hemisfério norte, cercado de belas paisagens e imerso numa cultura única, a Islândia já foi cenário de filmes, produziu artistas talentosos como a cantora Björk e mantém até hoje uma relação harmoniosa entre seu povo e o ambiente ao redor. O que pouca gente sabe é que o povo islandês também tem relações bem próximas com a cannabis.

A Islândia é um dos países que mais consomem maconha anualmente, entre os escandinavos. Estima-se que por ano, a população do país gélido consuma de 1,5 a 2 toneladas métricas de cannabis e haxixe e mais de 30% da população adulta já fumaram maconha e dos 320.000 habitantes da ilha, 55.000 consomem a erva regularmente.

Apesar do cenário social intimamente ligado ao consumo da erva, a lei na Islândia, assim como em boa parte do resto do mundo, proíbe a cannabis de forma taxativa: o consumo em locais públicos é proibido e a multa por até 1 grama de erva chega a 500 dólares.

Nos últimos tempos porém, a Islândia tem passado por conflitos políticos e sociais que podem ser benéficos para mudanças nas leis. O ex-presidente Olafur Ragnar Grimsson já declarou que a regulamentação da cannabis pode funcionar como uma importante fonte de inovação na economia e na sociedade islandesas.

Ainda, a população que se coloca a favor da maconha no país dobrou, de acordo com as últimas pesquisas feitas pela Market and Media Research, instituto de pesquisas islandês. 24% dos cidadãos e cidadãs do país são a favor da legalização, ante a 12% em 2011.

É difícil prever se um dos países que mais consomem maconha no mundo seguirá a onda progressista que avança com a cannabis. Ao que tudo indica, 2017 será um ano de expansão do mercado canábico, resta saber se ela chegará ao extremo norte do planeta.