A necessidade de uma Bancada da Maconha na política brasileira
Embora para muitos política seja um assunto chato e hoje permeado de descrédito e corrupção, tendo em vista o noticiário recente, uma mudança na legislação sobre maconha no Brasil irá passar por ela, e consequentemente pelo Congresso, Senado e Presidência da República. Além disso, a garantia de políticas públicas e dos direitos dos consumidores da planta e de outras drogas, também são pautas que podem ser tratadas politicamente a nível municipal e estadual, e é exatamente sobre essa relação necessária entre política e maconha, que os advogados e militantes André Barros e Fernando da Silva (Profeta Verde) irão falar durante a 2ª edição do festival Ganja Talks, que acontece nos dias 29 e 30 de julho, na Vila Madalena em São Paulo.
Tanto André, que também é vice-presidente da comissão de direitos humanos da OAB-RJ e membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, quanto Fernando, mais conhecido como Profeta Verde, fundador da Associação Cultural Cannábica de São Paulo (ACUCA) e coordenador do EDUCannabis - Escritório de Defesa do Usuário de Cannabis, foram candidatos a vereador nas eleições municipais de 2016, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo, conquistando juntos mais de 5 mil votos. Ambos defendem a urgente necessidade de se eleger políticos que assumam explicitamente a defesa e a promoção da cultura cannábica brasileira, trabalhando para garantir que a legalização da maconha em nosso país traga benefícios não só para os pacientes medicinais, mas também para os trabalhadores e empreendedores brasileiros que participarão deste mercado.
Para o Profeta, é inevitável que a maconha vai ser legalizada, porém se sua legislação ficar nas mãos do Congresso, nós teremos dificuldades de discutir e colocar em prática um modelo de legalização que seja benéfico para a população, e principalmente para os usuários. "Os projetos que estão tramitando e abordam a maconha, em sua maioria, foram criados pelos deputados, com pouquíssimo diálogo com os usuários, ou os coletivos e associações", explica, falando sobre a importância da participação de políticos ligados à causa canábica. "Nós queremos dar o tom da legalização, e quanto mais elegermos pessoas comprometidas com isso, mais chance dos interesses dos usuários prevalecerem", avalia Profeta, que assim como Barros, atua na defesa de usuários, muitas vezes acusados indevidamente por tráfico. Não fique de fora desse bate-papo. É nos dias 29 e 30 de julho, na Vila Madalena, em São Paulo, na 2º edição do festival Ganja Talks - 30 Anos do Verão da Lata.
Fonte: Imagens: Acervo palestrantes