Empreendedorismo canábico com os principais nomes do ramo será tema do segundo dia do festival Ganja
O impacto positivo da regularização do uso medicinal e recreativo da cannabis na economia e no setor produtivo dos países e estados americanos em que isso ocorreu, já está visível através de dados registrados no Marijuana Business Factbook, editado por Chris Walsh, que é um dos principais consultores e comentaristas sobre o mercado canábico nos Estados Unidos, e que na edição de 2017 apontou uma expectativa de que a indústria da planta movimentará entre US 20 bilhões a US 24 bilhões de dólares, somando não só as vendas em varejo, sejam elas medicinal ou recreativa, mas todo o comércio em si, geração de empregos, e outros benefícios econômicos que são criados, somente este ano.
Visando proporcionar ao público brasileiro um melhor entendimento sobre esse emergente mercado, a 2ª edição do festival Ganja Talks, além de apresentar diversas palestras abordando todo o universo da cannabis, traçando um panorama da planta sob o ponto de vista medicinal, recreativo, judicial, político, e cultural, exposição de produtos, exibição de filmes e a experiência em realidade virtual, tudo celebrando os 30 Anos do Verão da Lata, está inovando ao realizar um dia inteiro de debates sobre empreendedorismo canábico, com os principais nomes do mercado nacional, para que você possa sair preparado para empreender ou se especializar no ramo.
Segundo o autor do Marijuana Business Factbook, se os números continuarem subindo anualmente, em 2021 a indústria pode estar movimentando US$ 70 bilhões, tudo isso por conta da gradual legalização nos demais estados, que aos poucos vão aderindo as legislações dos demais, como Nevada, Havaí, entre outros que vão percebendo o poder da planta, mas também dos negócios que ela movimenta e que podem retornar em benefícios para a população local. A maioria dos 11 estados que legalizaram a maconha medicinal ou recreativa no último ano, estão prevendo iniciar suas vendas no varejo em 2018. "Esses novos mercados, bem como outros estados que legalizem no futuro próximo, mostram um potencial de crescimento impressionante nos próximos cinco anos", explica.
O crescimento esperado deste ano vem após um sólido 2016, quando as vendas recreativas de cannabis saltaram em 80¨%, sendo que os estados do Colorado e Washington lideraram, enquanto em Oregon o mercado registrou fortes ganhos de vendas em seu primeiro ano de operação. A indústria também viu um aumento nas vendas de maconha medicinal no ano passado, como no Arizona e Michigan. Alguns dos muitos exemplos do impacto econômico geral da indústria incluem: o lançamento de negócios de cultivo, dispensários e startups, as empresas estimulam a atividade imobiliária pois muitas crescem e ocupam prédios até então desocupados, empregados de gastam seus dólares em habitação, comida, entretenimento e viagens, beneficiando outras empresas ao longo do caminho, e os negócios de maconha coletivamente pagam impostos, que são utilizados para financiar projetos e apoiar programas governamentais, sem falar no turismo que a planta atrai.
Essa indústria que já é realidade nos Estados Unidos, também está em expansão no Uruguai, especialmente pela cannabis medicinal, embora controlada pelo governo, mas também na Espanha, com os clubes canábicos e todo o mercado que englobam, no Canadá, na Holanda, e em outros países que estão regularizando a cannabis, mostra que se trata de um mercado em expansão para investimentos segundo o Factbook, já que muitas empresas surgem, ou estão buscando ampliação. E para saber mais sobre todo esse mercado, o Ganja Talks 2017 vai contar, no domingo, dia 30, segundo dia do evento, com a presença de empresários como Alexandre Perroud, da Ultra 420, o mestre em Economia, Samy Yoshima, da Senses Biotech, Larissa Uchida, Lorena Otero, João Paulo, do Who is Happy, entre outras referências do ramo, dando foco para os novos profissionais e ideias que já estão mudando o mercado.
Fonte: Marijuana Business Factbook
Fotos: Ganja Talks
