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Festival Ganja Talks promoveu a maior roda do Brasil de debates sobre a cannabis e trouxe experiênci

A Vila Madalena, em São Paulo, se tornou o universo da cannabis no Brasil no último final de semana, nos dias 29 e 30 de julho, ao sediar em diversos espaços inovadores de debates de novas ideias, a 2ª edição do festival Ganja Talks - 30 anos do Verão da Lata, que neste ano celebrou esse histórico verão, e promoveu a maior roda do Brasil ao reunir os principais nomes dos ramos medicinal, jurídico, econômico, cultural, e midiático da planta, para falar sobre o presente e o futuro dela no país e no mundo, oferecendo ainda experiência em realidade virtual, e diversos produtos das principais marcas.


Quem chegava tanto nos espaços de exposições das marcas, quanto nos talks, encontrava ambientes descontraídos, com muito diálogo, e até mesmo piadas, com o humorista Gabe, vencedor do Prêmio Multishow de Humor. E o verde se fez presente também nas bexigas do aplicativo Who is Happy, no algodão doce da mesma cor, e no chopp do evento, que também era verde. A palestra que abriu o evento foi justamente a de João Paulo Costa, um dos criadores do aplicativo e do festival, que contou de sua experiência no Colorado, e sobre o mercado invador da planta que está emergindo nos estados americanos que já a regularizaram. Ele deu um panorama geral de sua visão, enquanto empreendedor do ramo, das possibilidades que estão se abrindo e que podem se tornar realidade aqui.


Entretanto, sem dúvidas, um dos nomes mais prestigiados do evento, foi o ícone da luta pela legalização no Brasil, o cultivador e youtuber Sérgio Delvair, o THCProcê, de 53 anos, que ficou detido por cerca de cinco meses no ano passado, por cultivar e distribuir sementes para pacientes, além de ensinar o cultivo. Muitas pessoas o procuravam para tirar fotos e conversar sobre sua trajetória, que foi melhor contada por ele no Ganja Talks, em um bate-papo com Emerson Viegas, um dos criadores do portal Hypeness, e que estava lotado para ouvir suas histórias, que foram seguidas da palestra dos ativistas e advogados Fermando da Silva (Profeta Verde) e André Barros, que falaram sobre a importância de uma bancada da maconha na política brasileira, para que as legislações sobre o tema beneficiem os consumidores, e que eles sejam ouvidos nesse processo de mudança.


A cannabis medicinal foi abordada por Cidinha, mãe da Clarián, e que foi, junto com seu marido Fábio, a primeira família a conquistar o direito de plantar a própria planta em sua residência, e o Espaço Cult esteve lotado para ouvir seus depoimentos. Antonio Vieira também falou sobre o marco regulatório da cannabis medicinal no país, e a necessidade de ampliar o acesso a ela. No sábado teve ainda o cineasta Tocha Alves falando sobre o filme Verão da Lata, Gabriel Tropikali narrando suas experiências com extrações, e André Visani Perroud trazendo seu conhecimento sobre cultivo, os membros do Smoke Buddies contando sobre a utilização das mídias digitais para falar sobre cannabis, além de Samy da Senses Biotech, do Uruguai, falar sobre biotecnologia e cannabis, e o músico Dada Yute sobre reggae e maconha junto com convidados.


O primeiro dia de evento também foi dia de contar com a ilustre presença do músico BNegão, um dos vocalistas do Planet Hemp, que esteve presente no Ganja Talks divulgando a mais nova edição da revista Tá Suave, a qual é capa, assim como diversos artistas e entusiastas da luta contra a criminalização da cannabis, e principalmente favoráveis ao debate, que foi o que propôs o Ganja Talks, passaram pelos locais do festival. Além disso, durante os dois dias de evento, o público foi levado para dentro de um cultivo, de um dispensário, e de uma fábrica de comestíveis de derivados de cannabis, tudo isso com a experiência em realidade virtual disponbilizada no local e que mostrou toda a inovação e criatividade do evento para abordar a maconha.


Segundo dia foi dedicado ao empreendedorismo canábico


De olho nesse mercado emergente, e que proporciona benefícios não só para os consumidores, mas também para as comunidades locais, com mais empregos e menos violência onde a planta já está legalizada, o Ganja Talks aproveitou o domingo para debater esses investimentos, ideias, aplicativos, e empresas relacionadas à cannabis com nomes que já estão revolucionando esse cenário, como o próprio João Paulo Costa, que falou sobre o futuro do app Who is Happy e a estruturação desse mercado.


Teve ainda Alexandre Perroud, fundador da primeira headshop do Brasil, a Ultra 420, que já se expandiu para o ramo de franquias e que falou para um público interessado em também investir neste negócio, conteúdo canábico na internet e sua monetização com a galera do Hypeness, Umdois e Quebrando o Tabu, Larissa Uchida falando sobre o projeto Micasa 420 que visa promover a experiência de turismo canábico, e o filme Verão da Lata enquanto business de entrentimento com a produtora Krishna Mahom que divertiu o público contando histórias desse processo de captação de recursos e filmagem do longa.


Já o advogado Cristiano Maronna, ao lado de Samy Abud Yoshima, utilizaram suas experiências internacionais e conhecimentos das legilações sobre cannabis para comentar a interferência estatal nesses mercados, enquanto Lorena Otero utilizava o espaço interno do Cult para apresentar cases de negócios e transformação social na indústria canábica, e como eles podem mudar comunidades inteiras. E o pesquisador Eitan Rosenthal divulgou os dados preliminares da pesquisa Cannabisfera, a maior pesquisa online realizada até hoje no país para entender o público canábico.


Nesta 2ª edição, o festival Ganja Talks cresceu em público, espaços, e também em número de palestrantes, e marcas envolvidas, o que colocou o evento de vez no calendário canábico do Brasil, e quem sabe da América Latina, e do mundo, já que a expectativa é promover um evento ainda maior no próximo ano.


Imagens: Thieme Prado







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