Alta produção gera queda nos preços de cannabis em Oregon
Depois de legalizar o consumo recreativo de maconha em 2014, o estado de Oregon, nos Estados Unidos, enfrenta uma situação curiosa: um estoque de mais de 450 toneladas de maconha não vendidas, de acordo com o sistema estadual de rastreamento, o que significa quase três vezes a quantidade de cannabis vendida no estado ao longo de todo o ano passado. Em consequência ao aumento da oferta, os preços despencaram - por lá, o preço da cannabis no atacado caiu de US$ 1.500 por libra, no meio do ano passado, para US$ 700 em meados de outubro, representando uma queda de quase 50% no valor do produto.
De acordo com o jornal The Guardian, quando a Comissão de Controle de Álcool do Oregon (OLCC) emitiu as primeiras licenças para empresas de cannabis, em 2016, as projeções eram de 800 a 1.200 licenças emitidas nos primeiros dois anos. Porém, atualmente, 1.824 licenças comerciais relacionadas à maconha já foram emitidas, incluindo 981 operações de produção. Outras 967 licenças de produção estão em vários estágios de aprovação pelo estado, e poderão entrar em operação ainda este ano.
A tendência não está apenas vinculada ao caso do estado de Oregon. De acordo com o Cannabis Benchmarks U.S. Spot Index, que analisa os preços de cannabis nos Estados Unidos, houve uma queda de 13% no preço do pound de maconha no país entre 2016 e 2017. Ainda assim, os valores para compra da erva na terra do Tio Sam são mais altos do que no país vizinho, o Canadá - de acordo com um levantamento do site Wikileaf, a maconha canadense sai, em média, 30% mais em conta do que nos Estados Unidos.
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