Então a cannabis virou negócio de banqueiro?
O jornalista Marcelo Tognozzi afirma que a cannabis virou negócio de banqueiro. Investidores bilionários não querem ficar de fora do 'green rush' e dinheiro não será problema para o desenvolvimento da indústria canábica.
Maconha agora é negócio de banqueiro! Será mesmo?
Talvez você tenha visto o jornalista Marcelo Tognozzi afirmando que, agora, a maconha virou um negócio de “banqueiros e grandes investidores internacionais”.
Para defender sua tese, Tognozzi, cita um dos homens mais ricos do mundo, o bilionário das finanças George Soros.
Em 2010 Soros escreveu um artigo para o Wall Street Journal, intitulado “Porque eu apoio a legalização da maconha”.
Soros abre o artigo constatando o que sabemos há décadas: “As nossas leis sobre cannabis estão fazendo mais mal do que bem. A criminalização da maconha não impediu que ela se transformasse na substância ilegal mais amplamente usada nos Estados Unidos e em muitos outros países.”
E continua constatando o óbvio: “Gastamos bilhões de dólares dos impostos para fazer cumprir uma proibição impossível de ser garantida. As cerca de 750 mil prisões realizadas a cada ano por posse de pequenas quantidades de maconha representam mais de 40% de todas as prisões por drogas.”
Soros já gastou milhões de dólares em campanhas e estudos que apoiam a legalização, através de sua ONG de filantropia, Open Society.
Tognozzi cita ainda outro bilionário que é inteiramente favorável à liberação da cannabis, o visionário empreendedor Sean Parker, co-criador do Napster e o primeiro investidor a acreditar em Mark Zuckeberg e seu Facebook.
É citado ainda o advogado Vincent Sederberg, um dos maiores lobistas da indústria canábica, com clientes no mundo todo, de associações de produtores a grandes indústrias.
A cannabis é a bola da vez
Não podemos negar. A cannabis é a bola da vez. O termo “green rush”, em alusão à “corrida do ouro” não poderia ser mais apropriado. A legalização da cannabis, que avança no mundo está produzindo milionários em série, é fato.
É natural que os grandes bancos e investidores, experientes na “arte de ganhar dinheiro” não queiram ficar de fora dessa festa. De acordo com o banco de Montreal, em 2026 a indústria da cannabis dos Estados Unidos e do Canadá irá gerar aproximadamente 200 bilhões de dólares.
Embora no Brasil a ignorância e o obscurantismo a respeito da cannabis ainda tenham um espaço relevante no debate público, no resto do mundo já se tem a certeza de que a legalização trás muito mais aspectos positivos do que negativos.
Sabemos que muito do dinheiro que irá irrigar a indústria canábica virá dos investidores bilionários.
O que não podemos permitir é que pessoas de fora do universo canábico se apropriem do espaço, aproveitando o vácuo de pessoas preparadas para assumir as posições de protagonismo da indústria.
Exatamente por isso precisamos estar preparados para tomar as rédeas do mercado e impedir que forasteiros que estejam apenas pensando no lucro fácil se apropriem do espaço.
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