Canabinoides sintéticos geram preocupação nos EUA
Os recentes casos de overdose por canabinoides sintéticos nos Estados Unidos - só em Washington D.C, foram 300 notificações em um período de duas semanas -, reacenderam nas autoridades de saúde pública a questão sobre a conscientização e transparência sobre o risco aliado ao consumo desses produtos ilícitos, como o Spice, com compostos produzidos em laboratório, sem relação com a cannabis natural.
Produtos desse tipo possuem uma ampla gama de substâncias químicas projetadas para imitar os efeitos do conhecido composto psicoativo da maconha, o THC. Especialistas, porém, evitam chamá-los maconha sintética por conta da discrepância entre os canabinoides sintéticos e a planta natural. De acordo com o Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas dos Estados Unidos, os efeitos dos canabinóides sintéticos podem ser imprevisíveis e graves, ou mesmo fatais. Além disso, eles podem levar à dependência. "As únicas partes dos canabinóides sintéticos que são 'naturais' são os materiais vegetais secos. Testes químicos mostram que seus ingredientes ativos são compostos feitos pelo homem", afirma o Instituto.
O Spice foi proibido nos EUA em 2013. No entanto, os fabricantes tentam contornar a lei alterando as fórmulas químicas em suas misturas - que podem ser encontradas em lojas especializadas e de várias marcas: Joker, Black Mamba, Kush e Kronic. Como não há padrões para fabricar, embalar ou comercializar os canabinóides sintéticos, os produtos podem variar muito na quantidade ou potência, mesmo dentro do mesmo lote. E aí que mora o perigo. "Como a composição química de muitos produtos canabinoides sintéticos é desconhecida e pode mudar de lote para lote, esses produtos provavelmente contêm substâncias que causam efeitos dramaticamente diferentes do que o usuário poderia esperar", afirma o Instituto Nacional de Saúde.
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Imagem: CannabisNow
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