Cidadãos estrangeiros são dissuadidos a usar erva no Canadá
Para alguns cidadãos de outras nacionalidades que escolheram o Canadá para visitar, morar, estudar ou passar um tempo, o consumo de cannabis, hoje legalizado no país, pode ser sinônimo de problemas - em seus países de origem. Isso porque desde que a maconha passou a ser legal para o Estado canadense, em 17 de outubro, alguns países emitiram avisos através de consulados e embaixadas para seus cidadãos sobre o assunto, como México, Reino Unido, Alemanha, China, Japão, Coreia do Sul, França e Malásia.
Enquanto alguns avisos pedem cautela e conscientização por parte de seus conterrâneos sobre a nova legislação vigente sobre a cannabis no Canadá, outros países, como Japão e Coreia do Sul, são mais incisivos, alertando aos que possuírem ou consumirem maconha (ainda que legal) no Canadá que existe a possibilidade de repercussão legal no retorno ao país de origem. Ambos países alegam que as leis nacionais valem para os cidadãos mesmo fora de casa.
"Os fumantes de maconha serão punidos de acordo com a lei coreana, mesmo se o fizerem em países onde fumar maconha é legal", disse Yoon Se-jin, chefe da Divisão de Investigação de Crime de Narcóticos da agência de polícia provincial Gyeonggi Nambu, ao jornal Korea Times, segundo reportagem da High Times. "Não haverá uma exceção." No entanto, o artigo aponta que, ao menos que os cidadãos japoneses ou coreanos sejam pegos infringindo alguma lei canadense, na prática deve ser improvável que países de origem consigam impor suas próprias leis em outro território ou controlar sua população.
O tom das declarações de outros países sobre o consumo de cannabis por seus cidadãos no Canadá é menos ameaçador e mais esclarecedor - o México, por exemplo, prepara uma cartilha sobre as leis de cannabis no país, para evitar que seus cidadãos tenham problema com a legislação vigente e suas nuances - Alemanha segue pelo mesmo caminho.
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