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O movimento dos empreendedores canábicos

Durante a minha caminhada pelo empreendedorismo canábico, com o desenvolvimento do Who is Happy e do Ganja Talks, conheci muitas pessoas que, como eu, abandonaram a ideia de prosperar no Vale do Silício por algo bem mais satisfatório, que tem a ver com aquele sonho de trabalhar com uma verdadeira paixão: a cannabis.


Eu sempre fui apaixonado pela ideia de startups, empreendedorismo digital, aplicativos. No início de 2013, desenvolvi uma rede social de perguntas e respostas através de imagens, chamada Pergunter. Esse projeto foi escolhido para ser acelerado pela Startupbootcamp Copenhagen, em um programa focado em mobilidade para dez startups ao redor do mundo. Tudo parecia favorável ao meu primeiro sucesso. Mas, como a vida do empreendedor é feita de muitos erros antes dos acertos, a rede social que seguia os modelos de uma promissora startup americana faliu.




O empreendedorismo canábico surgiu logo em seguida, como uma forma de unir meu espírito empreendedor com algo pelo qual sou muito grato, a maconha. Tenho epilepsia desde pequeno e aprendi, depois de certa resistência, como essa planta podia também ser o meu remédio. E hoje, com muito orgulho, é remédio e profissão, porque enxerguei ali um potencial de mercado. Nessa trajetória, encontrei diversos empreendedores também abandonando o sonho do Vale do Silício por um negócio ainda mais promissor, o mercado da canábico, chamado Green Rush.


A Califórnia é o berço do empreendedorismo digital. Apple, Google e Facebook fizeram do estado americano um dos principais pólos para a inovação empreendedora. Isso se relaciona com a cultura da cannabis no estado, que acabou de legalizar o consumo para fins recreativos, e sobretudo com a cidade de São Francisco, berço da contracultura no país. Não é de se estranhar que CEOs de grandes empresas do Vale do Silício já assumiram o consumo de cannabis. Por se tratar de um mercado bilionário, e com ainda um grande vácuo profissional, os empreendedores de alto nível da região estão trazendo sua expertise no mercado de startups para o Green Rush, e fazendo a diferença.


É fácil observar as mudanças no comportamento do mercado canábico americano quando vemos processos de aceleração como o da CanopyBoulder, primeira aceleradora focada em startups canábicas, no Colorado, sendo responsáveis pela formação de diversos ganjapreneurs. Tive a oportunidade de fazer parte desse processo com o aplicativo Who is Happy e isso transformou a forma como vejo os negócios canábicos. Você pode saber mais sobre essa história aqui.



Alguns exemplos de startups que, como o Who is Happy, tiveram a oportunidade de participar de processos de aceleração são a Bloom Automation, que desenvolve soluções em robótica para automatização do processo de poda das plantas, a Sana Packaging, focada em embalagens sustentáveis a partir da fibra do cânhamo, e a EstroHaze, uma empresa multimídia focada nos negócios e lifestyle de mulheres multiculturais na indústria de cannabis. Projetos inovadores e ideias criativas fervilham nos Estados Unidos e nos trazem um gosto do que ainda está por vir. Acredite, vem muito mais.


O que consegui observar ao me aprofundar neste mercado é que os novos ganjapreneurs chegam bem preparados, implementando técnicas de outros mercados e tirando proveito da grande demanda e pouca concorrência. Porque hoje o mercado canábico ainda carece profissionais qualificados. Por isso, há um evento de migração profissional observado nos Estados Unidos, já tem até nome: trimmigration.


Pelo cenário que se coloca à nossa frente, o mercado da maconha tem uma realidade de muito risco, com volatilidade e rapidez. O avanço é muito intenso - players com técnicas rebuscadas do Vale do Silício e uma mentalidade focada em dados e resultados já miram o incipiente mercado de cannabis, e prometem que podem - e vão - fazer a diferença.


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