top of page

Produtoras especializadas no que gostam

Na minha opinião, o mercado de cannabis é mais evoluído do que muitos pensam – e certamente mais evoluído do que outros mercados, como o de bebidas alcoólicas, de carros e de tabaco. Talvez seja o ativismo dos envolvidos, talvez a paixão com a qual desenvolvem seus projetos, talvez ainda a garra que precisam para seguir adiante, mesmo com preconceito, mesmo com barreiras legais.


Quando falei de entretenimento canábico, assunto da primeira coluna (que você pode ler aqui), foquei em cinema e séries de TV. Não me arrisquei a falar de Youtube. Porém, na pesquisa para esse texto, sobre produtoras de conteúdo canábico, não tive como não passar pelo gigante. Afinal, as produtoras de conteúdo exclusivo canábico são empresas modernas, que já se ligaram que a força do seu conteúdo é muito maior do que o que cabe no cinema e nas séries de TV – que, apesar de muito legais, são um mercado muito concorrido, em que produtoras grandes (e convencionais) já estão envolvidas. Com isso, as produtoras canábicas que encontrei fazem muito mais do que só video - são produtoras de conteúdo, cada uma com um micro nicho além da cannabis.


Começando pelo nosso país, temos a Insônia e a Djasco Libre, que se especializaram no assunto e oferecem produção de conteúdo multimídia sobre cannabis e seus diferentes temas, como medicina e cultivo, para marcas e associações. Esse tipo de empresa multifacetada, que presta vários serviços além do video, é uma tendência bem comum, lá fora as produtoras tem essa pegada também.


Mas, por causa de um mercado mais maduro, as produtoras podem ainda se dar o luxo de atuar em um micro nicho dentro do segmento canábico. E fazem isso divulgando conteúdo próprio. Neste cenário, produtoras e canais de Youtube se misturam e se confundem – é o caso do umdois que, com mais de 570 mil inscritos, também oferece seu trampo para marcas do nicho. Como já afirmei, não tenho a pretensão de colocar aqui todos os canais de YT, esse número é quase infinito. Trago o que pesquisei e achei relevante, sem cobranças, ok?


Vale também dizer que os gigantes online de conteúdo tem censurado contas e canais relacionados a cannabis, sem muita explicação. Então, os vídeos acabam sendo hospedados em outros servidores, o que certamente influencia na divulgação, já que seus sites acabam sendo o lugar de acesso aos vídeos. Este assunto merece ser melhor investigado, talvez seja um bom assunto para um outro dia.


Uma das produtoras que me chamou atenção pelo profissionalismo e bom gosto foi a Ruff House Studios. Eles fazem muito vídeo de "How to..." relacionado ao cultivo e à culinária. O canal no Youtube conta com 432 mil inscritos.


A Webjoint é uma produtora web grande, que inclui produção de vídeo, focada no mercado de cannabis. Faz software para cultivo e para varejo, fotos, web design, consultoria e vídeos.


Com esta gama de serviços, fica claro que a comunidade canábica prefere contratar serviços de quem já faz parte da comunidade e entende das especificidades - e isso já está criando mega corporações canábicas. Nesta abrangência de serviços há ainda a Digital 303, com muitos serviços de comunicação, incluindo vídeo, ao dispor da indústria canábica.


Outra que eu encontrei é a Mind Drop, uma produtora exclusivamente focada em vídeo. O legal é que oferecem todo o processo de criação, produção e finalização de vídeos canábicos. Eles ficam em Boulder, no Colorado, localização que facilita trabalhar neste mercado e produzir para grandes marcas, como a CanopyBoulder e outros. Também no Colorado, em Denver, está a VHZZ. Eles são um estúdio que faz tudo, mas tem uma área dedicada à cannabis.


Nessa pegada de ser fonte de jornalismo e serviços, temos o WeedBiz, que é mais jornalístico, mas também oferece produção de vídeo para o nicho canábico em seu site, e o Ganjapreneur, que se propõe a ser (também) um lugar onde produtoras podem deixar seus contatos para arrumar trabalhos na área.


E claro, não podia deixar de falar dos ícones em produção de conteúdo canábico que são a Vice e a High Times. A Vice (hoje uma mega coprporação que, no Brasil, pertence ao grupo Globo) tem essa proposta de oferecer um “novo” jornalismo, em que as coisas são narradas em primeira pessoa e a experiência do produtor do conteúdo é parte da mensagem (embora o jornalismo Gonzo de Hunter S. Thompson, não muito novo, seja referência nisso). Nessa linha, já fizeram muita coisa com cannabis, inclusive a série Weediquette, apresentada por Krishna Andavolu (na foto). A High Times, por sua vez, dispensa apresentações. Tem uma produção de conteúdo em vídeo enorme e antiga. Porém, recentemente li que estavam tendo problemas de censura no Youtube e no Instagram.


Claro que deve haver muitas outras produtoras canábicas por aí, Brasil e mundo afora, e claro que nem só estas produtoras fazem conteúdo para este mercado. Inclusive, acredito que existem realizadores que são muito simpáticos a causa e que não necessariamente estão dentro destas produtoras de nicho. Eu mesmo me considero um deles.

Commenti


gt-banner-quadrado-volta-ao-mundo.gif

destaques

nas redes sociais

  • Facebook Social Icon
  • Twitter Social Icon
  • YouTube Social  Icon
  • Instagram Social Icon
bottom of page