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Edibles ganham espaço como tendência alimentar


A cannabis infundida em alimentos e bebidas é uma força indiscutível no mercado legal. Os edibles entraram na lista da Specialty Food Association como uma das dez principais tendências alimentares previstas para este ano, ao lado de alimentos à base de plantas, sobretudo as algas, da cozinha filipina, da comida gótica, caracterizada pelo uso de ingredientes como o carvão ativado, e iguarias até então pouco conhecidas do Oriente Médio, como o shakshuka, um prato com ovos comum em países como Tunísia, Líbia, Argélia, Marrocos e Egito.


De acordo com os especialistas da publicação, que elegeram as dez maiores tendências gastronômicas dos Estados Unidos, há “interesse e aceitação contínuos em uma série de snacks, guloseimas e bebidas com algo extra”. Já no Canadá, país que se prepara para legalizar a cannabis nos próximos meses, uma pesquisa realizada em Toronto, conduzida pelo The Forum Poll, indica que a maioria dos cidadãos aprova a venda de comidas, bebidas e outros itens alimentares que contenham maconha. Dos 1022 entrevistados, 52% são favoráveis aos edibles.


A BDS Analytics, que se concentra na análise de dados da indústria de cannabis legal, estima que o mercado comestível seja responsável pela arrecadação de US$ 669 milhões em apenas quatro estados americanos onde a maconha é legal para consumo medicinal e recreativo: Califórnia, Colorado, Oregon e Washington. Lá, cerca de 40% das vendas de edibles do ano passado foram de doces com infusão de maconha e 21% de chocolates infundidos. Com uma perspectiva positiva por parte do público consumidor, a BDS Analytics acredita que apenas os governos podem diferir a disseminação desses produtos. Segundo a empresa, "são as leis, não a demanda do consumidor, que até agora impediram a expansão mundial das vendas de cannabis comercial e, portanto, o desenvolvimento de novas formas de consumo".


O avanço dos edibles como tendências gastronômica esbarra, ainda, na regulamentação desses produtos. Enquanto, nos Estados Unidos, não há uma regra clara sobre a composição e concentração dos comestíveis, sobre o tamanho de cada porção, as embalagens, distribuição e venda, o risco de consumo exacerbado, de overdoses acidentais e até de acidentes de trânsito por pessoas sob influência dos edibles é uma preocupação.


A Surterra Florida, produtora de cannabis medicinal, solicitou ao Departamento de Saúde da Flórida que se iniciasse um processo normativo para regulamentar a questão, já que o estado legalizou a maconha medicinal, mas não prevê normas para esse nicho de mercado. O estado do Colorado, por sua vez, elaborou regras próprias sobre como os edibles devem ser vendidos em seu território, onde a cannabis é totalmente legalizada. Com o objetivo de garantir a saúde e a segurança pública, alimentos com maconha em forma de seres humanos, animais, frutas ou desenhos animados não são permitidos. O governo também exigirá informações de potência com maior destaque nos rótulos dos produtos de cannabis, além de estipular o volume máximo de 10 miligramas de THC por porção e exigir que as empresas eduquem os clientes sobre os efeitos retardados dos comestíveis. Em entrevista ao site The Cannabist, Andrew Freedman, ex-diretor de coordenação de Cannabis do Colorado, acredita que essas regras representam agora algumas "proteções de senso comum" a serem seguidas por outros estados e nações.


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