Canadá investe US$ 100 mi em educação sobre cannabis
O modelo canadense de legalização da cannabis em todo território nacional, previsto para entrar em vigor a partir do dia 17 de outubro, é resultado de um processo de planejamento e execução de políticas públicas que, ao longo dos anos, prepara o país para tal transformação, inclusive no que diz respeito à educação da população sobre o consumo da planta - e claro, os riscos associados. De acordo com o Ministério da Saúde do país, nos últimos seis anos foram investidos US$ 100 milhões na implementação de uma série de campanhas educativas sobre a cannabis, mirando potenciais consumidores, adolescentes, gestantes e comunidades indígenas.
Com uma abordagem que visa mais o esclarecimento e o debate do que desestimular o consumo, o Health Canada acredita que, através do compartilhamento de informações, os cidadãos terão condições de decidir como lidar com a cannabis - partindo do pressuposto que é necessário se conectar com os consumidores, não apenas dizer o que devem ou não fazer, principalmente quando se trata de jovens.
Entre as campanhas de educação pública sobre a cannabis, o Health Canada marcou presença nas redes sociais, assim como promoveu ações que orientam a população sobre os efeitos de dirigir sob efeito da erva. Para os adolescentes, um site que reúne perguntas do público e respostas de especialistas em cannabis abre um diálogo franco e desmistificado sobre seu consumo e os riscos associados. Além disso, o governo lançou em julho deste ano uma operação itinerante focada nos jovens, que atua em feiras, festivais de música e eventos esportivos. A maior parte do investimento dos últimos anos, porém, foi dedicada a apoiar organizações comunitárias e grupos indígenas que estão educando suas comunidades sobre a cannabis e os riscos associados ao seu uso - foram US$ 62.5 mi em cinco anos.
Em janeiro passado, o governo federal anunciou um investimento de US$ 1,4 milhão para 14 projetos que analisariam os efeitos da legalização da maconha recreativa no Canadá. O governo espera que esses estudos ajudem a entender o impacto da nova regulamentação sobre a cannabis no país.
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