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Uma conversa sobre extrações com o mestre Bubbleman


Ativista, empreendedor e fotógrafo de cannabis há mais de vinte anos, Marcus Bubbleman acumula um vasto conhecimento sobre o universo da maconha, que inclui do cultivo de cânhamo industrial aos métodos mais avançados de extração sem solventes, passando pela macro fotografia de buds e concentrados.


O canadense dedicou sua vida profissional à cannabis, ora cultivando para pacientes do BC Compassion Club (mais antigo e maior dispensário médico de cannabis sem fins lucrativos do Canadá), ora empreendendo com as Bubble Bags - extratores desenvolvidos por ele para produzir hash caseiro e sem solventes, ora produzindo fotos para publicações como National Geographic, Cannabis Culture e High Times.


Não bastasse isso, Bubbleman dá nome a um dos mais populares métodos de extração, chamado bubblehash. Sua empresa produz concentrados canábicos a partir de algumas técnicas sem solventes, e com flores certificadas e isentas de pesticidas, para garantir a alta qualidade dos produtos.


Para entender mais sobre extrações canábicas, trocamos uma ideia com o próprio, que você acompanha a seguir.

Também lançamos, em parceira com ele, um mini curso online e gratuito sobre extrações sem solventes. As inscrições, abertas até amanhã (25), estão disponíveis AQUI.


Ganja Talks – Quando você começou a se interessar por extrações de cannabis?

Marcus Bubbleman - Meu primeiro contato com a cannabis foi quando eu tinha 14 anos, em 1987, e não demorou muito para eu me ligar em hash e óleo, e imediatamente gostei deles ainda mais do que da cannabis. Porém, só comecei a fazer hash em 1996, quando me mudei de Winnipeg, em Manitoba, para Vancouver, em British Columbia.


GT – Como você acha que as extrações podem revolucionar a maneira como se consome e se experimenta a cannabis?

MB - Bem, elas são a medicina. Se você consome cannabis para efeitos terapêuticos ou recreativos, esses são os compostos que você quer inalar, ou ingerir. O resto da planta, nesse ponto, é realmente apenas fibra. Então, acredito que remover as diluições e manter inalterada a resina sempre produzirá um medicamento de maior calibre.


GT – Fale um pouco sobre o desenvolvimento da técnica de extração bubblehash, que foi nomeada em referência a você.

MB - Em 1998, depois de ter sido pego com mais de 7 quilos de cannabis que estava mantendo para o BC Compassion Club Society, tive de pensar em alternativas para ganhar a vida. Ouvi falar sobre uma máquina da Europa desenvolvida para extrair a resina usando água e gelo (extrator gelado). Soube que um kit de bags foi desenvolvido para recriar essa máquina, mas não fiquei muito impressionado com ele, então criei meu próprio kit. Comecei com três bags e, eventualmente, ampliei para um kit com oito modelos.


GT – Quais são as principais diferenças entre extrações com e sem o uso de solventes?

MB - Bem, uma delas usa a técnica de isolamento, que especificamente consiste em uma separação mecânica, que isola as cabeças de tricoma, intactas, do resto da matéria. As extrações com solvente, por sua vez, derretem de fato as cabeças da planta e depois são coletadas quando os solventes evaporam e o medicamento é o que fica. Para mim, compartilhar técnicas sem solventes é muito mais seguro para ensinar as pessoas, que são suscetíveis a erros aqui e ali... Nos métodos sem solventes, o pior cenário é um derramamento de água, enquanto com solventes, é uma explosão, o que pode ser extremamente perigoso.


GT - De que maneira os canabinóides, terpenos e flavonoides influenciam na extração? E como escolher o melhor método, baseado nos efeitos desejados do produto?

MB – Os canabinóides, terpenos e flavonoides é o que extraímos, então eles possuem enorme influência na extração. A cabeça glandular de tricoma é um pequeno laboratório produzindo esses componentes medicinais. Do isolamento mecânico, seja seco ou molhado, às técnicas de rosin ou à extração por solventes, todas possuem pontos fortes e fracos, é uma questão de entende-los.


GT – O que deve ser levado em conta no momento de fazer a primeira extração sem solventes?

MB - Entender onde está o remédio e entender as técnicas é muito importante, já que algumas são contra intuitivas e, portanto, as pessoas tendem a cometer erros muito simples que afetam profundamente o produto final. Aprender com quem já cometeu esses erros é a chave.


GT – Como você analisa a indústria canadense de extrações canábicas?

MB - As coisas estão devagar aqui no Canadá. Quando falamos da indústria, na verdade, temos duas – a legal e a ilegal. A indústria legal é muito lenta para chegar ao mercado, porque ainda não permite o comércio de varejo de edibles, óleos ou hashs. Recentemente, um produtor licenciado conseguiu licença para vender sift pela primeira vez. Estou em contato com uma empresa local de British Columbia para iniciar o pedido de processamento de métodos sem solventes, mas a licença ainda está em aplicação.


GT – Se você pudesse especular o futuro do consumo de cannabis, de acordo com sua experiência no mercado, como ele seria?

MB - Eu sempre vi a cannabis como uma surpresa, então eu realmente não acho que um caminho é melhor que outro, estou mais interessado em compartilhar todos os métodos que as pessoas podem usar para consumi-la. Eu adoro vaporizar e dar dabs do meu fullmelt dry sift e bubblehash, assim como o rosin. Eu amo a capacidade de ingerir extrações de óleo da planta, em cápsulas ou edibles, etc. Adoro que as pessoas podem usar o método tradicional, de simplesmente enrolar um baseado – nada funciona melhor em lugares como shows ou parques. Embora eu não fume mais maconha, jamais gostaria de ver isso proibido.


Quer saber mais sobre extrações sem solventes? Acompanhe o mini curso online e gratuito desenvolvido pelo Ganja Talks University em parceria com o próprio, Marcus Bubbleman.



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