Universidade de Michigan busca pacientes para estudo sobre cannabis
Receber dinheiro para consumir cannabis pode parecer o sonho de muitos - e é realidade para cidadãos estadunidenses que usam a maconha para fins medicinais. E melhor: é tudo pelo bem da ciência.
Sob o comando da Dr. Suzanne Sisley, uma das principais ativistas de cannabis no campo da medicina, um estudo em parceria com a Universidade de Michigan pretende estudar especificamente como a maconha medicinal afeta a vida dos pacientes em termos de gestão da dor, qualidade de vida e uso de outros medicamentos. E, para isso, convida consumidores de cannabis do país a participar de uma série de pesquisas, devidamente pagas, a longo e a curto prazo.
Para ambos os casos, os participantes devem ter pelo menos 18 anos. Pacientes comprometidos ao estudo de longo prazo, que se estende por um ano, devem possuir uma certificação médica para cannabis em seu estado de residência, enquanto os envolvidos com a pesquisa esporádica não têm essa obrigação – basta que vivam em qualquer estado em que seja legal de forma recreativa.
O estado de Michigan permite a venda de maconha medicinal através de dispensários licenciados desde 2016, mas ainda não descriminalizou o consumo recreativo de cannabis. Embora seja o 13º estado que mais consome maconha no país, consumidores sofrem multas de até US$ 2000 e tempo de prisão caso sejam flagrados com pequenos quantidades da planta.
Defensores da legalização trabalham para reunir as 252.523 assinaturas necessárias para a criação de uma proposta que taxe e regule a maconha como o álcool, que será votada em novembro de 2018. Caso a medida seja aprovada, os cidadãos adultos do estado poderão portar até 70 gramas e cultivar até 12 plantas de maconha - e Michigan somará ao número crescente de estados que legalizaram a maconha recreativa no país através de iniciativas de voto.
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