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Novos estudos mostram benefícios da cannabis no tratamento da epilepsia


Hoje é o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, conhecido como purple day. A data simbólica é um convite à conscientização sobre uma das condições mais antigas que atingem o ser humano, assim como à troca de informações sobre o assunto. E - por que não? - à divulgação dos avanços da cannabis no combate a esse distúrbio neurológico que afeta, segundo a Organização Mundial da Saúde, 50 milhões de pessoas em todo o mundo.


“A epilepsia é uma das mais antigas condições reconhecidas no mundo, com registros escritos datando de 4000 a.C. Medo, desconhecimento, discriminação e estigma social têm cercado a epilepsia há séculos. Esse estigma permanece em diversos países atualmente e pode impactar na qualidade de vida das pessoas com o transtorno e suas famílias”, informou a OMS. Assim como a epilepsia, a cannabis é vítima de um estigma. E, por mais irônico que pareça, é a planta que protagoniza um dos avanços mais importantes no tratamento da epilepsia.


Ano passado, Orrin Devinsky, professor de Neurologia, Neurocirurgia e Psiquiatria no Langone Medical Center, da Universidade de Nova York, conduziu o primeiro teste clínico em grande escala com o canabidiol, que mostrou ser capaz de reduzir a frequências das convulsões epiléticas graves em 39% em pacientes com síndrome de Dravet, uma forma rara de epilepsia. Publicado no New England Journal of Medicine, o estudo aponta que o grupo tratado com um medicamento à base de CBD teve a frequência de convulsões diminuída de uma média de quase 12 por mês para pouco mais que quatro.


Uma análise de estudos científicos conduzida por Emily Stockings, pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisa sobre Drogas e Álcool, em Sydney, na Austrália, e recém publicada no Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, mostra que crianças que sofrem de formas raras de epilepsia também se beneficiam da incorporação da maconha no tratamento. A revisão sistemática, que incluiu seis ensaios clínicos randomizados e 30 estudos observacionais, revela que o CBD, canabinóide que não possui propriedades psicoativas, reduzia a frequência das crises dos participantes infantis em 50% ou mais. É uma constatação importante, uma vez que formas raras de epilepsia infantil são difíceis de tratar com outros medicamentos convencionais.


Embora os estudos relacionados à cannabis no tratamento de epilepsia sejam promissores, pesquisas ainda precisam ser realizadas para que se entenda a dimensão do potencial terapêutico da planta - inclusive, sobre o papel do THC, composto psicoativo da cannabis, nessa equação, já que muitos estudos ainda se limitam à pesquisa o composto CDB isoladamente, enquanto outras linhas defendem que o efeito entourage entre os canabinóides pode ter um papel importante nos benefícios terapêuticos da cannabis.


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