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O estereótipo de Hollywood na mira dos maconheiros


A caricatura do maconheiro está com os dias contados. A legalização da cannabis traz o surgimento de um novo público consumidor, que foge do estereótipo - e que não se vê representado pelo que assiste na tevê e nas telonas. A imagem de uma pessoa preguiçosa, desmotivada e fracassada, que se repete incansavelmente em produções culturais hollywoodianas, está longe de refletir a realidade do consumidor médio de maconha, que é ativo, engajado, produtivo. Nem a Netflix se salva - sua série Disjointed pareceu não agradar seu público por justamente reforçar características tão genéricas e inapropriadas sobre os consumidores de cannabis e foi cancelada logo na segunda temporada.


Uma pesquisa elaborada pela agência nova-iorquina de pesquisas estratégicas para TV e séries Miner and Co. Studio sugere que produtores e escritores de séries e filmes abandonem o uso de imagens caricatas se quiserem conquistar o real perfil do consumidor de maconha - dos 800 canabistas entrevistados em Nova York, 49% são mulheres, 77% têm renda familiar anual superior a US$75 mil, 86% têm emprego em tempo integral e a maioria gostaria de assistir a programas que oferecem retratos positivos dos consumidores de cannabis. Não fosse o bastante, muitos maconheiros são consumidores dessas produções, principalmente quando chapados.


"A mídia desempenhou um papel extremamente importante na aceitação social do consumo de cannabis, mas ainda há trabalho a fazer", disse Robert Miner, presidente da Miner & Co. Studio, em comunicado oficial. "Os consumidores recreativos sentem preocupação de que os não consumidores de cannabis os levem menos a sério e questionem seu julgamento, e os consumidores de maconha medicinal acham que precisam ter cuidado ao discutir seu uso com alguns colegas ou empregadores, que podem considerá-los pouco confiáveis ​​ou preguiçosos com base em estereótipos enraizados".


Mais de sete em cada dez entrevistados sentem que os programas de TV retratam os consumidores de cannabis como tolos e esquecidos. Eles acreditam que, enquanto o personagem “estúpido” estiver sendo retratado na grande mídia, será mais difícil fazer com que a sociedade abrace a cena sem os preconceitos que a contaminaram nas últimas décadas. "A comunidade criativa tem a oportunidade de reconhecer o impacto dessas representações e apresentar o consumo de cannabis de uma forma mais positiva, para ajudar a superar o estereótipo mais rigoroso que lança um estigma nos principais membros de seu público”, conclui Miner.


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