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Quem sai ganhando com a legalização no Canadá?


Com a legalização do cultivo e do consumo da cannabis em vigor a partir de hoje em território nacional, o Canadá entra para a História ao se tornar o segundo país no mundo a liberar a ganja para fins sociais e medicinais, consumo, é claro, que já existe há muito tempo no país. De acordo com a agência de notícias Reuters, estima-se que os canadenses movimentaram cerca de US$5.7 bilhões em cannabis em 2017, somando o uso recreativo e medicinal. Porém, como se sabe, a maior parte desse valor arrecadado era destinado ao mercado negro da planta.


Orquestrada desde 2015, quando o primeiro-ministro Justin Trudeau fez da legalização da cannabis uma promessa, hoje finalmente cumprida, a abertura do mercado legal de maconha para fins sociais e medicinais no Canadá ainda gera muitas dúvidas, já que as 13 províncias do país têm autonomia para estabelecer as regras, como a idade mínima para o consumo (que varia de 18 a 19 anos), a permissão para o cultivo caseiro e os modelos de comércio.


O que se prevê, porém, é que as consequências da legalização no país sejam benéficas, sobretudo para empresas e profissionais que se aventurarem pelo Green Rush. Confira, a seguir, quem sairá ganhando com a legalização da ganja no Canadá.


Advogados


É esperado muitos casos sobre cannabis nos tribunais nos próximos anos. "Enquanto estamos saindo de um regime de proibição, estamos ao mesmo tempo nos movendo em direção a um quadro de regulamentação muito detalhado", diz Bill Bogart, um especialista em legalização de drogas de Toronto. Isso envolve muitos detalhes regulatórios que precisarão de suporte jurídico, como a regulamentação de produtos canábicos, questões trabalhistas, como o uso medicinal no local de trabalho, e o perdão a condenados que tenham antecedentes criminais por porte de pequenas quantidades de cannabis, o que ainda está em definição de como se dará.


Marcas Globais


O mercado da cannabis é um dos mercados mais otimistas e já vimos aqui que o Canadá estima arrecadar até $1 bi em dez semanas de Green Rush. Analistas sugerem que o tamanho do mercado da ganja ficará entre US$ 4,2 bilhões e US$ 8,7 bilhões, de um universo de 3,4 milhões a 6 milhões de pessoas que usarão a cannabis no primeiro ano da legalização. Esses números com certeza despertam o interesse de grandes marcas, que já estão começando a se envolver no Green Rush para fisgar consumidores canadenses. É o caso da Coca-Cola, que está de olho no “crescimento do canabidiol não-psicoativo como ingrediente em bebidas funcionais de bem-estar” e já realizou conversas com a empresa canadense licenciada, Aurora Cannabis, sobre o desenvolvimento de bebidas com infusão da planta.


Pesquisadores


Apesar de ser uma planta milenar, ainda há muito o que se aprender com ela, e quem sai ganhando com a legalização da maconha são os pesquisadores, que poderão explorá-la e conhecer melhor esta planta que possui tantos fins. As pesquisas sobre o uso medicinal e uso recreativo no Canadá tem sido paralisadas devido ao status da planta estar como substância controlada, mesmo que a maconha medicinal tenha se tornado legal desde 2011. Financiamentos para as pesquisas eram difíceis de conseguir, assim como o acesso às plantas acabava sendo restrito. Grande parte de pesquisas realizadas com a planta nesse período foi focada nos perigos que a planta oferece.

Ao mudar de status, a cannabis passa a ser acessível para a realização de estudos sobre seus benefícios e malefícios, como o impacto da ganja em questões como saúde mental, gravidez, neurodesenvolvimento, tratamento do estresse pós-traumático, câncer, transtorno e controle da dor.


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