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O processo de reprodução do aroma da Thai, a genética Da Lata

O terpeno Da Lata, lançado no Brasil na última segunda (29), é um blend de terpenos 100% puros, sem nenhuma outra substância, que reproduz perfil aromático da genética Thai, a variedade canábica encontrada nas latas que apareceram boiando na costa do Brasil há 30 anos – e que marcaram a história da maconha por aqui.

A Thai é uma landrace, ou seja, uma variedade de cannabis que se desenvolveu naturalmente ao longo dos séculos em um ambiente particular e, de maneira espontânea, se adaptou para sobreviver em um habitat distinto. As linhagens de landrace normalmente são nomeadas de acordo com sua região nativa (a exemplo das strains Afghani, Thai, Hawaiian) e, embora seja muito difícil encontrar essas genéticas originais hoje, os vestígios dessas strains são detectáveis em suas cruzas – as landraces são a origem da infinidade de cepas modernas que conhecemos.


A variedade também pode ser chamada de Thai Stick, em referência ao processo realizado com a planta, uma técnica de preparação tradicional, na qual as folhas e flores são enrolados em volta do ramo da cannabis, transformando o bud em uma vareta, ou stick. A potente sativa originária da Tailândia possui um aroma cítrico e amadeirado, com predominância da nota de diesel. Pungente e cerebral, a brisa da Thai é ideal para motivar, levantar o astral e aumentar a produtividade durante o dia.


As características marcantes dessa genética trazida para o continente americano nas décadas de 1970 e 1980 fazem da Thai a planta ideal para dar origem a outras genéticas híbridas – como a AK-47, Voodoo, Juicy Fruit e, claro, a linha que leva seu nome: Chocolate Thai, Blue Thai, Lemon Thai, Pineapple Thai, Purple Thai e Thai Tanic são alguns exemplos.




Lemon Thai Kush, Pineapple Thai e Purple Thai.

Como a landrace Thai não é encontrada no mercado canábico ocidental, seu perfil de terpenos foi reconstruído a partir dos padrões encontrados em suas descendentes. Através da análise em laboratório de genéticas derivadas da Thai encontradas no mercado de British Columbia, no Canadá, foi possível detectar o padrão de terpenos da Thai – ou seja, os principais terpenos que são comuns em todas as descendentes dessa genética.


A partir daí, há outra pesquisa, dessa vez para encontrar, em outras fontes que não a cannabis, os terpenos que são predominantes da Thai – mirceno, cariofileno e humuleno, por exemplo – e combiná-los na proporção certa para recriar o perfil aromático da variedade tailandesa. O terpeno Da Lata, então, é a reprodução de um perfil de terpenos que é comum à maioria das cruzas de Thai pesquisadas.

No momento, ainda é impossível reproduzir um perfil de terpenos idêntico ao da landrace, seja por falta de tecnologia para obter seu perfil completo de terpenos (acredita-se que há mais de 140 terpenos na cannabis, dos quais algumas dezenas puderam ser isolados e analisados), seja pela dificuldade de encontrar a genética original à venda. Isso acontece porque, diferentemente de mercados já regulamentados, como no Colorado (EUA), onde as variedades de cannabis são devidamente registradas, o mercado canábico canadense ainda opera sem regulamentação fixa, e, portanto, a procedência das strains disponíveis fica difícil de ser garantida - daí a necessidade de realizar diversos estudos antes de recriar o perfil de terpenos de uma genética específica e tão especial.


O terpeno Da Lata, portanto, busca recriar o aroma da maconha Da Lata a partir de outras fontes naturais, como o cravo e o lúpulo, mas não é uma extração original de uma planta da genética Thai. É uma tentativa de se aproximar ao aroma que, um dia, fez a cabeça de tantos brasileiros.


Saiba mais em www.bilvaelemental.com.


Imagens: Revista Brasileiros, Weed Adventures, High Time Dispensary e Midwest Compassion Center.

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