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Três caminhos para trabalhar com cannabis


Escrevo muito por aqui sobre as oportunidades, tendências e experiências que fazem parte da minha trajetória como empreendedor ao longo de mais de quatro anos no mercado legal da cannabis, seja em São Paulo, em Boulder, no Colorado, ou em Vancouver, no Canadá. Acho importante trazer minha perspectiva sobre assuntos que são novidade lá fora e, de alguma forma, contribuir com conhecimento para o surgimento de novos negócios por aqui.


E, enquanto terpenos, microdoses, concentrados e edibles já são uma realidade em lugares onde a legalização da maconha avança e, claro, conhecidos por muitos brasileiros, eu ainda recebo muitas mensagens de gente querendo saber o básico: como começar a trabalhar com cannabis. A maioria das perguntas que vieram através do formulário de empreendedorismo canábico (que pode ser acessado aqui) apontam para uma simples solução, que é mostrar possíveis caminhos para quem quer, desde já, colocar a mão na massa e se jogar na Corrida Verde. Por isso, selecionei três alternativas que acredito que se encaixam em diferentes situações, projetos e perfis de profissionais:



Empreendedorismo Canábico


Tem um projeto incrível relacionado à cannabis, em fase inicial, e precisa de investimento e mentoria para fazer seu negócio decolar? Pois saiba que já existem processos de aceleração focados em startups canábicas, dedicados a investir e aperfeiçoar novas ideias, ao redor do mundo, que contribuam para a evolução do Green Rush. Uma das principais é a CanopyBoulder, pela qual fiz a aceleração do meu app, o Who is Happy - e há outras mais, constantemente em busca de startups canábicas promissoras. Nesse caso, é legal pesquisar os requisitos para aplicação em cada aceleradora. Mas, de maneira geral, uma vez aprovado, seu projeto recebe um aporte em dinheiro e a equipe passa por um processo intenso para fazer a empresa escalar rapidamente e garantir novos investimentos.


Falando nisso, grupos de investimento focados em empreendimentos canábicos também são uma realidade. Investidores atentos ao potencial extraordinário da planta estão a procura de novidades no mercado (recreativo, medicinal, industrial ou adjacente, ou seja, não diretamente relacionado à cannabis) para investir e, claro, ter um retorno. O ponto positivo desse caminho, diferentemente do processo de aceleração, é ter a possibilidade de conseguir um aporte maior, que resulta em mais segurança para seu negócio a curto prazo. Por outro lado, você perde equity - ou seja, é um movimento que pode restringir sua liberdade de gerir seu projeto.



Trabalho no Brasil


Engana-se quem pensa que ainda não dá para trabalhar com cannabis no Brasil. É fato que o mercado diretamente relacionado ao cultivo e comercialização da planta e produtos derivados ainda opera na ilegalidade e, por isso, qualquer ideia de negócio desse tipo ainda deve esperar. Porém, há espaço para empresas e marcas que orbitam a cannabis. É o caso de áreas como comunicação, marketing e design, moda, arte, parafernálias e objetos em vidro, eventos... isso sem falar das áreas de pesquisa e desenvolvimento científico da cannabis medicinal, direito, e consultoria financeira. O mercado adjacente à cannabis precisa desses profissionais com conhecimento específico - basta aplicar sua expertise em empresas que já operam no Brasil. Nesse caso, minha dica é ficar de olho nas marcas que você admira e que gostaria de colaborar e - por que não? - entrar em contato para oferecer seus serviços. Quem sabe não é exatamente de você que elas precisam?



Trabalho nos EUA x Canadá


Quando pensamos em trabalhar no mercado legal diretamente ligado à cannabis, estamos falando de duas potências: Estados Unidos e Canadá. Enquanto, no primeiro caso, o processo de legalização é parcial, ou seja, foi efetivado em alguns estados, o Canadá fez história ao se tornar o segundo país do mundo a legalizar a cannabis federalmente, para fins medicinais e recreativos.


De um lado, as duras leis de imigração e os empecilhos com instituições financeiras e distribuição nacional de empresas canábicas fazem dos Estados Unidos uma opção menos atraente para quem busca um lugar ao sol no Green Rush. O que rola muito por lá é o trabalho ilegal nas fazendas de cultivo, principalmente para colheita e poda das plantas - que, é claro, não recomendo. Mas muitos brasileiros se arriscam nessa experiência, como você pode ver nessa entrevista. Do outro lado, temos o Canadá, que deve começar a operar o mercado de cannabis totalmente regulamentado a partir de 17 de outubro. Com políticas de imigração mais suaves e receptivas do que na terra do Tio Sam, o país deve atrair profissionais especializados que queriam viver de cannabis.


Em linhas gerais, esses são caminhos viáveis e reais para quem que trabalhar com cannabis - vou me aprofundar em cada um durante uma live ao vivo, que vai acontecer na próxima segunda, dia 30 de julho, no Facebook e Instagram do Ganja Talks. Portanto, se você tiver alguma dúvida relacionada ao tema, não deixe de entrar em contato, que tentarei responder ao máximo de perguntas nesse bate-papo. Até lá!

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