Consumo de vapes cresce entre jovens americanos
Conduzida pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA), uma pesquisa com 44,482 alunos de 400 escolas públicas e particulares aponta que o consumo de vaporizadores tem crescido exponencialmente entre jovens dos Estados Unidos, ficando atrás apenas do álcool. Segundo os pesquisadores, o uso de vapes (que podem ser carregados com nicotina, tabaco líquido, cannabis ou terpenos, por exemplo) entre estudantes do ensino médio dobrou nos EUA entre 2017 a 2018, enquanto o consumo de outras substâncias pelos adolescentes, como tabaco, álcool e cannabis, permaneceu constante ou em queda.
“Os adolescentes são claramente atraídos pela tecnologia comercializável e aromas vistos em dispositivos vaping; no entanto, é urgente que compreendam os possíveis efeitos na saúde geral; o desenvolvimento do cérebro do adolescente; e o potencial para o vício ”, afirma em nota oficial Nora D. Volkow, diretora do NIDA. "Embora tenhamos comemorado nosso sucesso em reduzir as taxas de consumo de tabaco nos últimos anos, devemos continuar com esforços educacionais agressivos em todos os produtos que contêm nicotina".
Vaporizadores são aparelhos eletrônicos que produzem vapor a partir do aquecimento do produto (secos ou líquidos), que são inalados pelo consumidor. Embora visto como uma alternativa de redução de danos, se comparado ao cigarro, por exemplo, o cigarro eletrônico, como também é chamado, gera conclusões controversas. Cientistas da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, indicam que o vapor dos cigarros eletrônicos desativa as células protetoras do pulmão, que servem para combater bactérias, e ainda provoca inflamação.
O crescimento no consumo de vaporizadores no último ano foi de 1,3 milhão de jovens. Em entrevista à ABC News, o vice-diretor do NIDA, Dr. Wilson Compton, disse que “é importante que o público conheça esses números para direcionar os esforços de prevenção".
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