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A cannabis será o novo vinho?


Com a legalização e consequente normalização do consumo de maconha globalmente, a erva ganhou a atenção de novos potenciais consumidores, denominados pela BDS Analytics como recent-adopters, uma categoria que inclui mulheres, idosos e o público A. Com isso, questões sobre como o setor de bebidas alcoolicas pode ser impactado pelo mainstream da maconha também começam surgir.


Uma análise realizada pelo Rabobank, um dos maiores bancos da Europa, concluiu que pesquisas existentes indicam que o uso crescente de maconha afetará negativamente o crescimento do mercado de álcool - embora não mensure tal impacto. Exemplo disso é a cidade de Aspen, no Colorado, onde a venda de cannabis superou a de bebidas alcoolicas no ano passado, sendo a primeira cidade dos Estados Unidos a alcançar tal feito.


De acordo com o levantamento, o setor de vinhos é o mais provável de ser ameaçado pelo aumento vertiginoso do consumo de cannabis - e isso está diretamente ligado ao novo público. "Se os consumidores que começam a usar maconha após a legalização se parecessem com os consumidores que usavam maconha antes da legalização, a cerveja provavelmente seria a mais afetada", diz o estudo.


O Rabobank sugere que as mulheres que evitaram a maconha ilegal provavelmente começarão a consumir a maconha de forma mais consistente, uma vez legalizada. A análise destaca especificamente as mulheres profissionais que procuram relaxar após o trabalho sem consumir calorias de uma ou duas taças de vinho. Em entrevista ao jornal USA Today, Steve Rannekleiv, estrategista global de bebidas do Rabobank, afirma que "as pessoas mais educadas, mais ricas, estão dizendo 'se for legalizado, vou tentar.' E isso é definitivamente a demografia do consumidor de vinho".


Outra tendência que indica que o setor vinícola pode, de alguma forma, sofrer com a popularização da cannabis é que a planta e o vinho competem pelo outro importante perfil consumidor: o consciente com a saúde. De acordo com uma pesquisa da Marist e Yahoo News citada na análise do Rabobank, 72% dos consumidores acreditam que a maconha é mais segura que o álcool e cerca de 75% dos consumidores de vinho pensam que o vinho é mais saudável do que outras bebidas alcoólicas.


As conclusões do levantamento são potencializadas pelo fato que mais de 30% do vinho consumido nos EUA, em volume, é em estados que legalizaram a maconha recreativa. Por outro lado, apenas 22% da cerveja, em volume, é consumida nesses estados. E como a legalização leva a um aumento dramático no consumo de maconha e um número expressivo de pessoas expostas à maconha legal são bebedores de vinho, isso pode, de acordo com a análise, acelerar algumas das tendências destacadas acima.


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